Em alto-mar situações cotidianas tornam-se mais tensas, relaxadas e
perigosas. Os barcos artesanais e de pequeno porte não possuem
estruturas para atender as necessidades pessoais dos pescadores. O
mais simples gesto de higienização das mãos ou do pescado deixa a
desejar por conta do tempo e das condições de trabalho.
Os pescados que chegam aos pontos de comércio onde somos aptos a
comprar, tem implícito um trajeto que percorreu desde o momento em
que foi fisgado até chegar a mesa do consumidor. Esse trajeto pode
ter sido de maneira segura e limpa ou de forma inadequada tornando um
risco a saúde pública. A contaminação do pescado é influenciada
pelas condições higiênico-sanitárias dos sistemas de
processamento e ou armazenamento do pescado. Na falta desses cuidados
agentes físicos, químicos e biológicos podem atuar reduzindo a
qualidade do produto.
Pescadores que desembarcaram no Rio de Janeiro relatam a presença de
pulgas no barco e afirmam que a falta de higiene é causa de
inúmeras doenças.
Qualquer
alimento armazenado de maneira imprópria deteriora rapidamente.
A pesca comercial de Atum destinada a pratos culinários,
principalmente asiáticos, mantêm um rígido modo de manipulação e
preparação do peixe para que a carne não seja desvalorizada, como:
o uso de colchões no convés do barco de forma que o atum não se
sofra hematomas ao se debater e os profissionais especializados de
preparação a bordo.
Há barcos japoneses que com permissão legal exercem atividade
pesqueiras até os limites da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do
Brasil onde capturam toneladas de pescados que são desembarcados já
preparados para serem comercializados. Possuem um modo de preparo que
agregam valores ao produto. Quanto mais caro é o produto maior é o
cuidado com o peixe. Vivemos em um mundo capitalista onde o lucro é
o que movimenta tudo e com a pesca não é diferente.
Autor da Matéria: Vittor Hugo Teixeira Santos.
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